sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cronicas do Bernardo #4: Meu amigo cão.

    Bom, em muitas passagens da minha vida tem uma que eu lembro de um jeito especial. Desde muito pequeno eu sempre quis ter um cachorro, mas minha mãe sempre odiou animais e acabou me dando um peixe beta. Mas isso não vem ao caso, essa historia é sobre uma forma de gostar de um ser diferente de outras, por que o sentimento de proteção, quando se envolve numa relação torna-a um pouco mais que amigável, torna-a fraternal.
    Era um sabado de manhã se não me engano, eu estava brincando na rua com meus amigos quando de repente eu vi um cachorrinho pequeno e um outro grande. O grande atacava aquele pobre animal indefeso sem nem fazer muito esforço, eu não podia deixar aquilo acontecer. Peguei uma pedra e joguei contra o cachorro grande que saiu correndo, mas o pequeno já tava muito machucado e dificilmente ele sobreviveria. Fui até minha casa e peguei um lençol velho, enrolei o cachorrinho e levei até uma veterinária que tinha uma clinica perto da minha casa e que sempre cuidava de cachorros de rua. Foram 30min muito longos...
    Depois disso o pequenino saiu mancando de dentro da sala e veio em minha direção, acho que foi o agradecimento mais sincero que eu já recebi na minha vida. Mas agora eu tinha uma responsabilidade, cuidar daquele animalzinho sendo que minha mãe não suportava animais de porte, seria uma tarefa difícil.
    Eu escondi ele na garagem do meu predio e notei que ainda não tinha dado um nome pro pequenino e como ele tava marrom de sujeira seu nome ficou sendo sujin. Sujin ficou aos meus cuidados por uns 2 meses, a esse tempo minha mãe já tinha notado a presença do cachorro, mas acho que ela ficou sem coragem de me separar dele. Umas 3 semanas depois, fui até a garagem pra trocar a água do meu amigo e notei que ele havia roído muito a sua coleira e que tava insatisfeito em ficar preso sendo que ele sempre foi um cachorro de rua, nesse ponto eu tive que tomar a decisão mais difícil da minha vida, eu soltei a coleira, dei um abraço nele e abri o portão da garagem, Sujin foi embora e desde então eu não o vi nunca mais, mas tenho certeza de que ele foi feliz, onde quer que ele estivesse vivendo.



By:Bernardo Gomides



Bernardo Gomides: Sociopata assumido, exerce a função de diretor de iniciaticos no Rainbow e a de Tesoureiro/Diretor de finanças no Interact Club de Ponte Nova. Gosta de mulheres e de jogos, de preferencia os dois juntos.

Um comentário:

  1. Minha cachorrinha não vai embora! Toda vez que ela sai na rua ela volta grávida, to com 4 filhotinhos aqui, porque os outros 4 pai deu pra alguém e estamos procurando lugar para os outros , é muito cachorro e isso é frequente. Mais eu gosto dela!! kkk.

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